Um rosto
Um rosto
Um rosto que encosta no rosto
As mãos que apalpam na face as maças
Duas bocas, dois rostos, um gosto
Os olhos fechados não vêem a manhã
Se entrelaçam os dedos nas mãos
O abraço em seguida é forte, apertado
Embaixo dos corpos não se sente o chão
Pois é como se fosse o céu estrelado
Não existem palavras, pois elas se calam
Só se ouve nas folhas o açoite do vento
São apenas os beijos agora é que falam
Não existe um tempo naquele momento
Por mais que procura, o amor não se encontra
È algo que fica escondido no tempo
De surpresa ás vezes o tempo apronta
E se pega amando sem se dar conta...