Perdôo, mas não esqueço

Eu posso até perdoar, mas não esqueço,

A mágoa que ficou foi tão potente,

Quase destruiu o que de mim restou,

Da minha triste vida, de repente.

Eu não vou permitir que alguém

Venha destruir o que ficou,

Minha alma quase disse amém,

E quase que nem mais voltou.

Não vou aceitar,

Que o que sobrou de mim agora,

Possa ser levado pela humilhação.

Causada por quem não vai embora,

Da minha triste vida de decepção.

Agora eu acordei e o sonho teve fim,

Foi muito bom, mas tudo acaba um dia,

Jamais homem algum me deixará maluca,

Ouvindo o que eu ouvi, naquele dia,

Por duas vezes, da tua boca.

Tento esquecer, mas ainda não consigo.

A palavra uma vez solta,

Não retorna, fere, corta

E até mata o que apenas

Começava a brotar, foi uma pena.

Pois todas as noites são assim;

Eu só, na cama até alta madrugada,

Para depois ser desprezada.

Sozinha, deitada ao lado de alguém...

Eu não preciso te dizer amém...

"Ousei Escrever Poesias"

Carmen Di Moraes
Enviado por Carmen Di Moraes em 29/04/2012
Reeditado em 29/04/2012
Código do texto: T3639975