Meu lume
Deixe-me ao teu lado,
jazer no sossego sublime!...
Despertar com os lábios,
em teu leito; apraz!...
Por ti, trôpego, andejei!...
– Oh lírios, jaz; na viela!...
topei na procela de
martírios, inda lar de vime!...
— Oh perversão, por que
amolar-me com trejeito
malicioso? irrequieto fico,
na transgressão dos
mandamentos divinos!...
És o meu mau costume!...
Meu vício de formação;
Meu pecado perfeito, de
trato fino; – meu lume!...
(Airton Ventania)