Olhos de criança
Aos olhos do mundo vejo o não e o sim,
corpos parindo vidas que gritam,
sonhos mutilados nos atos que ficam
desolados na busca que não tem fim.
Tempo sem tempo nas trilhas que vi,
cego desespero na fome ímpar
alimentando a morte sem recriar
a vida na dignidade que pedi.
Um Sonho em sol da verdade em si,
sob olhares da paz a esperança em mais
uma criança que chorando sorri,
Em brincadeiras nunca cantadas,
uma vida sem sonhos contada
nas histórias que em livros nunca li.
29/11/2006