A(l)titude
Será bem diferente do que ela sonha,
Não sei se para mais, ou para menos;
sonhos tagarelas lutam sobre a fronha,
Quando o tê-los, é tudo o que temos...
O sangue atiçado explora as cavernas,
Onde o sonho se recusaria a saltar;
O prazer vindouro bambeia as pernas,
Quase real se pode assim, bambear...
Ora, no reino instintivo dos animais,
Se pisoteia estereótipos e a mágoa;
mas, achando a cédula de três reais,
só um tonto buscaria marca d’água...
Agora, sabemos que a sede não morre,
senão através, o elemento que a mata;
admiração é corrente que suave corre,
desejo é acidente impetuoso, cascata...
Não esperes andando em relevo plano,
que terás a vista, de sobre a cordilheira;
adequada bagagem estou preparando,
pra escalar a encosta e cravar a bandeira...
Sei que no alto do monte o ar é rarefeito,
Mas, quem tem medo dessa falta de ar?
Se nada restar entre teu seio e meu peito,
Que mais quereria, para quê iria respirar?