O MENINO E A MENINA

O Menino e a Menina

Ele caminhava pela rua

Ainda sonolento da ultima estrela

Ultimo afago da madrugada que se foi

Perdida em sonhos impossíveis

Chutou uma pedrinha do caminho

Sentou num banco sob uma árvore

De um galho lá do alto pela força do vento

Uma flor bailou suavemente ao seu encontro

Calmamente ele se abaixou e a resgatou da frieza do chão

Quando ergueu novamente seus pensamentos

Deparou-se com um lindo olhar de menina

Puro e que guardava uma última lágrima de dor

Seria aquele um novo encontro de amor?

Dedilhou seu sorriso num violão

Afagou sua pele como seda de um lençol que guarda todos os segredos

Abraçou ali sob o olhar fixo do inverno e uma paisagem opaca

Seu frágil corpo que implorava carinho

Embriagou-se no perfume inigualável dos seus cabelos

Apertados ali um contra o outro

Alma se aproximando de alma

Corações acelerados batendo num ritmo sem explicação

Dois corpos se transformando em um

Ele nada disse

Ela nada falou

Ele amou

Ela amou

Numa nova história que começou

Assim, simples como a vida que não complicamos.

Fácil como o amor que permitimos

Frágil como a flor que do alto infinito se atirou

E a pequena pedrinha quase abandonada e chutada

Foi a primeira de um castelo a se construir em vida

Era inicio de manhã

E dessa vez o poeta não falou de lua

Ele apenas queria a menina pura e nua

Deitada em nuvens de seu paraíso fatal.

By Everson Russo

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Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 27/04/2012
Código do texto: T3635530
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