Dói
Humildemente, insuportavelmente me machuca.
Pega minha cabeça. corta minha garganta.
Nada resta em mim depois deste amor.
Entre os escombros da minha alma tento encontrar
Escutar,
Em algum lugar, minha voz sobrevivente, chama
Pede sua presença, seu iluminado silencio
Atravessando atmosferas, muros, idades
Seu rosto (seu rosto que pareceu ser verdadeiro)
Vem da morte, antes de
O primeiro dia que desperta para o mundo.
Que pureza em seu rosto, que ternura
De luz absorvida,
que derrama mel em folhas de água.
Amo seus olhos, amo, amo seus olhos
sou como o filho dos seus olhos,
Como uma gota de seus olhos, sou eu.
Me levantar, entre os seus pés me levantar,me reerguer
Do chão, da sombra que pisa,
Do canto do seu quarto que nunca vê em sonhos
Porque tenho caído de suas mãos
E quero viver, viver, viver...