Anjo meu
Lágrimas de sangue a secar
Meu anjo ferido
Coração inquieto
Não quer mais chorar!
Seu silêncio é minha tortura
O tenho como resposta.
Em seu leito se recolhi
A recusa do seu amor
Você mostra-me.
No meu canto observo-te.
Em minha face, nada estampo
Nem o meu choro
Como um tolo,
Ser maduro eu engulo!
Você, de canto, fica a olhar-me
Anjo meu!
Meu doce, tu
Agora sabes
A nobre arte de odiar
E não quer mais mostrar-me
A bela arte do seu verdadeiro
Amar.