Amar-te incessantemente...

em cada vagão da solidão,

a multidão acompanhada e só;

inquietação se espelha, se espalha,

e, detalha a dor em cada

sorriso escondido, corrompendo,

as vezes, o altruísmo que sonolento

se esparrama num sono profundo;

labirinto disforme, contido

na alegria triste de contornar

os sentidos, mapeando a esperança,

desenhando sensibilidade,

descobrindo e redescobrindo

o amor que não consegue

esconder o quão profundo e

transparente é sentir em

qualquer seja as circunstâncias

que se ama incessantemente

em cada vagão da vida;

a solidão e o amor num

paralelo forasteiro no encontro de

quem ama, ama, e ama sem fim.

Marisa de Medeiros