Plataforma de uma outra estação
Numa estrada,
Curvas e descidas,
De pedra ou de barro,
As vezes de asfalto,
E alguns laços,
Em outras estações
Passando carros e caminhões,
Me levavam em algum lugar,
Onde eles também não sei.
E se eu chorasse no meu ponto,
Você não perdoaria,
E se eu saísse do quarto chorando você não veria,
Nos meus olhos de lágrima frágil,
A minha fragilidade pecável,
Nem por isso por ti me magoei.
Nesse ponto parado após de uma subida,
Olho enfim para atrás todo o caminho da minha vida.
Onde estava você, logo espetava o meu descanso,
Outro lugar que não sabia imaginava bares, avenidas ou qualquer outro canto.
Estou na plataforma de uma outra estação,
Me castiga o inverno, querendo só mais um verão,
Outro raio de sol que traz o vento, caindo folhas e até mesmo frutas,
E me sento na calçada num estado molhado, tomando banho de chuva.