Sonhei em silêncio.
Suas mãos, seus pés desnudos,
a cama, lençois...
Meu corpo só no colchão,
todo o meu mundo.

Tudo a traz de volta,
e desse modo, não durmo.
De manhã levanto,
um gole de café, relógio apavorado.
Não sei se vivo ou sumo.

Pelas janelas dos coletivos,
ruas, calçadas, vitrines, jardins.
Onde você nunca está
e onde vago moribundo.