ROSA DOS VENTOS
As lagrimas que choro eu ignoro
E silenciosamente elas caem, inodoro
A condensação inversa das minhas lagrimas em vapor
Faz com que ninguém saiba do meu amor
Quando amo eu compartilho meus sentimentos com o silêncio
Quem me vê de alto astral
Não sabe o quanto estou mal com meu descenso
Só cai quem não tem medo de subir ao céu com suas lágrimas
Assim caminha a humanidade em passos invisíveis rumo à felicidade
Não temo as incógnitas da vida, pois onde há cicatrizes
Há sinais que de algum amor já fez ferida
A distância não é longe quando se tem o dom de voar
Meu cupido me desculpe por roubar suas asa e suas flechas
Foi pra me auto flechar e como um Ícaro voar e do alto te alcançar
Aprendi que num piscar de olhos perdemos a vida num olhar
Pode parecer pouco mas pense o que em sete dias
Deus foi capaz de criar
E porque não falar das flores que exalam perfume se você está aqui
As flores são sentimentalistas
E murcham se estou triste e renascem como fênix no fim
O amor é flor que adormece quando o coração se esquece
Mas o coração é um músculo involuntário que adubado pelas lágrimas
Faz do deserto do Saara um jardim do éden
Assim como a lagarta odiada amanhã é borboleta e adorada
Sinto que nada que fazemos se perde
Nos caminhos inconstantes do meu frágil coração
Por isso que ao olhar para o horizonte
Vejo as pegadas que demarcam o meu destino
Como posso me perder de você
Se cada passo que eu dou mesmo sem saber eu vou à sua direção
Meu coração é minha bússola e você a minha rosa dos ventos
Minha direção é demarcada pelas batidas do seu coração
Onde você estiver, saiba que é a mulher que me dá as coordenadas
E assim eu sigo as marcas que sua alma me deixa
Assim saberei ao te reencontrar
E finalmente vai findar essa minha caminhada
Mauricio Ife