Querida

Quando me chamas de querida,

Não sei se me perco ou se me acho.

Porque jamais tive sensação tão divina

Antes de ouvir este sussurro de teus lábios.

Não ligue para os meus olhos,

Eles estão em eterno descompasso.

Ora querem perder-se para serem achados,

Ora afirmam conhecer o caminho

Estando devidamente preparados.

Mas ficam ingenuamente rendidos

Diante de teu jeito meio tímido

De demonstrar o seu cuidado.

Há tanta poesia em teus gestos!

E isso me deixa desarmada

E se me chamas de querida...

Deus sabe! Não preciso de mais nada.

Nem mesmo ser encontrada.

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 22/04/2012
Reeditado em 15/10/2012
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