Querida
Quando me chamas de querida,
Não sei se me perco ou se me acho.
Porque jamais tive sensação tão divina
Antes de ouvir este sussurro de teus lábios.
Não ligue para os meus olhos,
Eles estão em eterno descompasso.
Ora querem perder-se para serem achados,
Ora afirmam conhecer o caminho
Estando devidamente preparados.
Mas ficam ingenuamente rendidos
Diante de teu jeito meio tímido
De demonstrar o seu cuidado.
Há tanta poesia em teus gestos!
E isso me deixa desarmada
E se me chamas de querida...
Deus sabe! Não preciso de mais nada.
Nem mesmo ser encontrada.