O sorriso de amor

Quando o vento que vem, furacão que chega,

duma bruma opaca do riso, nos olhos alegria alguma,

e ainda cantando a serenata, nas cordas da harpa,

som de cravo que toca, clássico dizer das ondas,

propagadas rumo a atencioso ouvido rebuscado,

requinte da majestade, adornos que festejam a vinda.

Ali o diamante que brilha, chegando na aurora,

sorriso e pérola, expondo o entristecer da madrugada,

o branco forte da luz, brilho que não se traduz,

falando de sentimento do sol, das nuvens e do azul.

Amor que grita em silêncio, mudando o contentamento.

Exaspera em profusão do escuro entardecer da noite.

Amor que volta com as marés repletas de espumas,

oceano extenso em marítimos percursos das velas.

Amor sorridente para as estrelas chamuscantes,

luzes eternas de glória e mistérios distantes.

Amor em soneto da valsa mais doce,

o suave dançar sob a melodia vespertina.

Amor que desvanece ao cantar do pássaro na gaiola,

acenando ao trem que viaja partindo pelos trilhos.

Amor, de um olhar de luneta mirando horizontes,

visão que atinge a longitude do exótico.

Amor, amor, amor, que droga.

Uma droga que faz a pessoa delirar,

sonhando com lindas coisas em devaneios benquistos,

prendendo num anelo de duas almas sedentas.

A solidão que é a fome dos que ficam,

roncando como leão e murmurando: amor!

Jean Paul e Pierre Lumier
Enviado por Jean Paul e Pierre Lumier em 20/04/2012
Reeditado em 20/04/2012
Código do texto: T3623779