Penitência
Pelo horizonte espinhoso
Caminhei sem perder fé
A dor que assolava o peito
Encobertava a dor dos pés.
No fim da estrada
- eu jurava! - o teu conforto
Enquanto mais eu caminhava
Mais por mim me dava morto.
Cheguei ao fim e, a saber,
a tua ausência
Mas se morri, fiz mesmo ali
a renascença!
Já não importa se sangrei!
Soubesse eu de tua presença,
Repetiria sem cessar
a penitência.