A "evolução" da poesia.
A “evolução” da poesia.
Antes era assim, quando um homem estava afim
Via uma moça bonita, bem apessoada
E todo acanhado, com medo de assustá-la
Tentava conquistá-la assim:
Quando ela passava, ele cantava e recitava
“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...”
A menina já se encantava, ficava lisonjeada
Se ela correspondesse ele continuava:
“Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus
resolvem se encontrar, ai que bom que é isso meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar”
Aí ela terminava de se apaixonar.
E ele...de se aproximar.
O tempo passou e a coisa fluiu...
A poesia cantada “evoluiu”
Hoje a menina – lê-se periguete- passa, de blusa curta
E short curto – Que short? Nem dá pra ver. –
O Homem diz “essa aí eu curto, vou cantar e fazê-la se apaixonar-
Enquanto ela passa, ele “recita”:
- Nossa! Nossa! Assim você me mata, ai se eu te pego
Ai ai se eu te pego! Delícia, delícia.
A garota se acha o ultimo bote salva vidas do Titanic.
Pra terminar de completar, e acertar o palpite
De que ela vai gamar, ele continua a se declarar
E a convida então para um grande recital musical
“Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda le-lê”
Hoje em dia é assim. É triste.
Sai Tom Jobim e entra uma nova geração .
Eu sou jovem mas aqui dentro, no coração
Eu sou totalmente a moda antiga.
Nunca vou me acostumar, com esse novo jeito de flertar.
Me perdoem os que gostam, Michel télogo...
Quando falam pra mim “Delícia, Delícia”
Eu passo a margarina. E só!