Você vai, eu vou. Não vá.
Você me segura como se tivesse, em mãos, pedras preciosas.
Brilhantes.
Frágeis.
Encantadoras.
Você me prende como se tivesse receio em me perder.
Você me solta como se soubesse que minhas asas sempre me trarão de volta.
Você me vê voar e vai comigo.
Voa mais rápido, para e me espera.
Sobe ao céu e some.
Alcança as estrelas e tenta me levar contigo.
Porém, eu sou pequena demais para um céu tão grande.
Covarde demais para uma aventura tão perigosa.
Como qualquer pedra, eu ainda preciso ser lapidada.
Como qualquer pássaro, eu preciso de ninho.
Sua casa, seu quarto, seu colo.
Seus braços, seu amor, seu carinho.
Sinta-me, mesmo que de longe.
Toque-me, mesmo que eu não esteja ao seu lado.
Mora-me.
Viva-me.
Vem e fica.
Fica e ama.
Ama e não desiste.
Não me deixe ir embora.
Não vá para o céu sozinho.
Apaixone-se.
Eternamente.
Infinitamente.
O tempo da existência humana não é suficiente para o nosso amor.