Vinte meses num jardim
Algo no lugar em que (se) deve estar –
Eis misterioso, glorioso – enfim, supremo – amor
A encorajar, por meio de palavras, um andar
De que nos orgulhamos pela estrada do sabor.
Aquece-me o amor, se distante está o calor;
Mergulho-me no amor, se distante está o inverno,
A fim de a vida enaltecer – em si erguida, em si labor
Em mim pulsante, do passado ao que é eterno.
Aconchego a Primavera nos teus olhos,
Pois de tuas lágrimas, criaste o mais belo jardim
Em cujas rosas e tulipas, hoje, me recosto.
Apareço feito sombra em teu rosto
Visto que tua essência nunca mais sairá de mim.
Decerto, sou feliz por ser amor o que me tem composto.