Eu... poeta morto...
Perdi o prazer pela música, aposentei meu violão
Perdi o prazer na leitura, adormeci meu coração
Perdi a alegria da vida, calei a minha voz
Perdi o rumo na caminhada, o destino me foi atroz
Perdi o sorriso sincero, ganhei lágrimas de dor
Perdi a poesia da alma, achei-me só
Fechei a porta do meu coração para outra mulher
Não quero desilusão
Amar, eu amo apenas aquela que roubou meu coração
E em celas escravizado, de uma à outra levado
Partido, ferido, sangrado
Apenas a uma mulher se dá ainda que desiludido
Anjo, minha rainha e dona
Minha artéria, meu ar, meu coma
Minha taquicardia, minha ânsia, minha dor
Eu te amo desde hoje para sempre
Eu te quero desde hoje, a cada dia
Eu a ti me dedico como holocausto
Eu... poeta morto...
Eu que espero meu porto
Embarcação náufraga
De velas quebradas e remos perdidos
Eu que te amo...
Eu que te...
Eu que...
Eu...
Fabricia Teles
Para sempre te amarei....