Aquela Boca...
Aquela boca...
que tantas vezes disse-lhe... Eu te amo!
E toca teu rosto com doçura
em forma de brisa fresca e terna
É a mesma boca...
que tantas vezes grita a ti... desejo-te!
E como vento forte
invade a tua casa... a tua procura
Deixando-te de pernas para o ar
na irrealidade dos nossos sonhos
beijando-te ardentemente feito louca
nas noites insones, em que nossos corpos
arfantes afloram os mais secretos anseios
Anseios que se rendem sem receios
aos beijos mais sensuais e provocantes
que na tez é a sensação quente
do rasto profano da língua molhada
que sorve o teu gozo entre as letras
que gritam e explodem o teu prazer
Boca que hoje...
calou no coração abetumado
a voz rouca das palavras
e de onde os pensamentos verteram
fugitivas e amedrontadas lágrimas
que se refugiaram nos lábios
nos cantos tácitos desta mesma boca