Aquela Boca...

Aquela boca...

que tantas vezes disse-lhe... Eu te amo!

E toca teu rosto com doçura

em forma de brisa fresca e terna

É a mesma boca...

que tantas vezes grita a ti... desejo-te!

E como vento forte

invade a tua casa... a tua procura

Deixando-te de pernas para o ar

na irrealidade dos nossos sonhos

beijando-te ardentemente feito louca

nas noites insones, em que nossos corpos

arfantes afloram os mais secretos anseios

Anseios que se rendem sem receios

aos beijos mais sensuais e provocantes

que na tez é a sensação quente

do rasto profano da língua molhada

que sorve o teu gozo entre as letras

que gritam e explodem o teu prazer

Boca que hoje...

calou no coração abetumado

a voz rouca das palavras

e de onde os pensamentos verteram

fugitivas e amedrontadas lágrimas

que se refugiaram nos lábios

nos cantos tácitos desta mesma boca

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 18/04/2012
Reeditado em 20/04/2012
Código do texto: T3619670
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