Confissão poética ardente
Edson Gonçalves Ferreira (provocação)
Anderson Nascimento (réplica)
Provocação I
O amor é um pássaro louco
E cruza o céu de minh´alma com tal vigor
Que todo o meu ser entra em erupção
Como se um fosse um vulcão de paixões adormecidas
Acordadas pelo vento das asas desse pássaro passional
As lavas dos afetos a-dor-mecidos explodem
E escorrem para fora de mim
E o poeta apaixonado enlouquece
E se arrebenta diante da tempestade que surge
Porque quanto mais se voa alto, mais se sonha
Com um amor devastador,
Tão devastador como tudo o que sai de um vulcão.
Réplica I
Sou além do pássaro, o próprio vulcão
E inúmeros de outros avatares.
Quando dominado pela paixão, espalho pelas ruas da cidade
Os meus polens de desejo
Sou um pássaro livre
Guiado por um polo magnético próprio
Capaz de migrar mesmo quando a estação do ano
não é favorável a sobrevivência
Eu simplesmente vou e voo sem medo
As pessoas temem por mim
E permanecem estagnadas
Enquanto que eu, no alto patamar dos sonhos e desejos,
Vivo minha plena erupção.
Provocação II
Se tu és o pássaro e o vulcão,
Eu sou o calor que tange os dois
A sublime metáfora do amor que é fogo que arde
Sem se ver, mas sentindo
Sim, como “a vida que dói
Quanto mais se goza, quanto mais se inventa”
Minhas faces ficam afogueadas quando con-templo
O santuário das minhas paixões vividas
E que marcaram os meus dias
No castelo das ilusões
Tornando-os todos indeléveis e capazes
Capazes de me dar vigor para sonhar com outro amar.
Réplica II
Tua pulsação é infinita
Pulsa, voa, goza, grita, retrai...
És capaz de paralisar um país inteiro
De instalar o caos quando a paixão em ti transborda
Dono de volumosas paixões tão bem vividas
Voa, pássaro ousado,
Permita-te explodir outra vez
Para o mundo se preciso
Mostra a todos tua erupção
Os outros lançarão olhares temerosos
E tu viverarás com ardor e coragem
Viverás mais uma paixão indelével.
Conclusão
Sim, viverei a plenitude dos meus amores impossíveis
Nem o céu é o meu limite
Rejeito todos os cânones, rejeito
E feito Salomão deitar-me-ei em leitos principescos
E terei mais amores que ele que conquistou até a rainha de Sabá
Até David terá inveja de mim
Escrevo mais livre que ele que salmodiou divinamente
Enquanto eu, embora não escreva salmos, sacralizo a palavra
Sim, sacralizo com o fogo do meu amor
Ardo na sarça ardente do lirismo
E me multiplico para sentir a grandeza da paixão
Ai, este inferno de amar, como eu amo tanto, Deus, meu Deus!
Divinópolis/MG e São Paulo/SP, 18.04.2012
Edson Gonçalves Ferreira (provocação)
Anderson Nascimento (réplica)
Provocação I
O amor é um pássaro louco
E cruza o céu de minh´alma com tal vigor
Que todo o meu ser entra em erupção
Como se um fosse um vulcão de paixões adormecidas
Acordadas pelo vento das asas desse pássaro passional
As lavas dos afetos a-dor-mecidos explodem
E escorrem para fora de mim
E o poeta apaixonado enlouquece
E se arrebenta diante da tempestade que surge
Porque quanto mais se voa alto, mais se sonha
Com um amor devastador,
Tão devastador como tudo o que sai de um vulcão.
Réplica I
Sou além do pássaro, o próprio vulcão
E inúmeros de outros avatares.
Quando dominado pela paixão, espalho pelas ruas da cidade
Os meus polens de desejo
Sou um pássaro livre
Guiado por um polo magnético próprio
Capaz de migrar mesmo quando a estação do ano
não é favorável a sobrevivência
Eu simplesmente vou e voo sem medo
As pessoas temem por mim
E permanecem estagnadas
Enquanto que eu, no alto patamar dos sonhos e desejos,
Vivo minha plena erupção.
Provocação II
Se tu és o pássaro e o vulcão,
Eu sou o calor que tange os dois
A sublime metáfora do amor que é fogo que arde
Sem se ver, mas sentindo
Sim, como “a vida que dói
Quanto mais se goza, quanto mais se inventa”
Minhas faces ficam afogueadas quando con-templo
O santuário das minhas paixões vividas
E que marcaram os meus dias
No castelo das ilusões
Tornando-os todos indeléveis e capazes
Capazes de me dar vigor para sonhar com outro amar.
Réplica II
Tua pulsação é infinita
Pulsa, voa, goza, grita, retrai...
És capaz de paralisar um país inteiro
De instalar o caos quando a paixão em ti transborda
Dono de volumosas paixões tão bem vividas
Voa, pássaro ousado,
Permita-te explodir outra vez
Para o mundo se preciso
Mostra a todos tua erupção
Os outros lançarão olhares temerosos
E tu viverarás com ardor e coragem
Viverás mais uma paixão indelével.
Conclusão
Sim, viverei a plenitude dos meus amores impossíveis
Nem o céu é o meu limite
Rejeito todos os cânones, rejeito
E feito Salomão deitar-me-ei em leitos principescos
E terei mais amores que ele que conquistou até a rainha de Sabá
Até David terá inveja de mim
Escrevo mais livre que ele que salmodiou divinamente
Enquanto eu, embora não escreva salmos, sacralizo a palavra
Sim, sacralizo com o fogo do meu amor
Ardo na sarça ardente do lirismo
E me multiplico para sentir a grandeza da paixão
Ai, este inferno de amar, como eu amo tanto, Deus, meu Deus!
Divinópolis/MG e São Paulo/SP, 18.04.2012
Amar é uma forma de nos encantar encantando a vida do outro com quem passamos a dividir os momentos da vida.
(Edson Gonçalves Ferreira)
(Edson Gonçalves Ferreira)