ARCO E FLECHA
Vêm ondas do mar do amor
Lavar-me as lágrimas desta saudade;
Estancar o sangue desta dor
Que está latente em nossa realidade.
Ah, tantos sais de desgosto
Que queima na pele, em pleno sol,
Revivendo o mês de agosto
No infinito cântico de um rouxinol.
Dissipa os ares a atormentar
Faz renascer aquelas ondas mortas
Que se perderam em alto-mar
E se silenciaram por trás das portas.
Vai flecha, leva a ela meu amor
No vão do céu, colha todas as flores
Enfeite-a e a leve em teu andor
Que eu daqui, faço-me em clamores.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 18 de abril de 2012.