Minha prece
Do mosteiro,
O culto em lâminas poéticas
Lapida meu sentir, invoca meus delírios
Trazendo para ponta da pena
O que de mais simples a alma pode reger!
Envolvido pelo tempo
Volto-me as vazias folhas,
Como se abrisse um raro relicário
E dele soassem as brisas do outrem,
Das velas que se apagaram pelos veios úmidos,
Pela origem da palavra se propagando
Entre as luzes de uma bela ribalta!
Pelo eco das juras,
Tudo flutuou em poesia!
Sempre encouraçado pelo sentimento,
Sirvo na taça a água, saciando minha sede,
meu reflexo navegante
Destes versos mergulhados em vinho
Doando-me em antologias o amor
Vivo no leito em branco,
A voz da solitude!
Auber Fioravante Júnior
17/04/2012
Porto Alegre - RS