Um ósculo e dois amplexos
Conceda-me dois amplexos, para alimentar meu anseio por carinho.
É neste teu prazeroso amplexo que mergulho e me aqueço,
e esqueço de todo peso que a vida se encarrega de me fazer carregar.
Conceda-me apenas dois amplexos, suplico com sofreguidão.
O gélido frio que assopra em minha janela, me congela no tempo,
e arranca-me a ténue sensação do afável e amável amplexo
que me restaura, e faz este meu cardíaco mais contente pulsar.
Conceda-me dois amplexos, pois com eles irei viver uma cálida aventura
de navegar em teus braços, e descobrir grandes contos e romances,
e o utópico deslumbre
que o amor as vezes nos causa.
Mas por fim desejo que me conceda um ósculo, pois é neste ósculo que se encontra a odisséia de minha vida, é nele que embarco feliz da vida, e me despeço do porto da saudade onde habita a
solidão.
Autora: Sabrina Maris. (16/11/2011)