O EDIFÍCIO

Entreolho as lantejoulas espelhadas

Vidraças coloridas das paredes

Do teu corpo concreto edifício

Que só meus olhos desnudam...

Aqui embaixo continuas lindo

Metáfora vibrante dos olhos meus

Que desejam em ti aprofundar o infinito...

Como se pudesse o infinito

Decifrar profundamente

Tua alma límpida espelhada

Alma refletora dos mais distorcidos segredos

De todas as almas que por ti refletidas são...

E entreolhando nitidamente tua face gigante

Vejo a minha tão diminuta refração espelhada

Desconectada, distorcida, efêmera, imaginária...

Como inúmeros rostos que a cada dia vislumbras

Tal qual um minarete moderno...

Por teus espelhos a refletir: realidade.

Marco Kbral
Enviado por Marco Kbral em 17/04/2012
Reeditado em 25/07/2015
Código do texto: T3617844
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