VERDADEIRO AMOR
(Sócrates Di Lima)
Na evolução da vida,
O amor nasce na sua inocência,
E com ele acompanha a natureza jamais esquecida,
Crescendo junto numa doce vivência.
E a inocência cresce,
Surge o carinho e a ternura,
Surge a cumplicidade e fortalece,
Aquele amor de candura.
E a vida natural acompanha o crescimento,
A juventude mora lado a lado com a vida,
E diante do bom comportamento,
O amor em si, faz a sua lida.
Idade de encontros,
De tantos questionamentos e vontade,
Loucuras e desencontros,
Amor de castidade.
E quando vem a idade dos desacertos,
O amor amadurecido,
Corrige os erros e delimita os acertos,
Assim o amor se faz convencido.
É o amor de maior contemplação,
Amor de responsabilidades e mútuo respeito,
Onde as vidas se uniram num voto de comunhão,
Fazendo sua eterna morada no peito.,
Amor de juízo,
De preparação,
É o seu aviso,
Que a idade carrega o amor, para a sublimação.
Ah! Ai vem a maturidade,
A idade que o amor é verdadeiro,
Sem cobranças e sem vaidades,
O amor concretiza o que buscou o tempo inteiro.
E na doença ou na alegria,
Aquele amor vindo lá distantes,
Um no outro o outro no um em nostalgia,
Se guardam e se protege no amor de dois amantes.
E quando o amor chega na sua perfeição,
Vencendo todas as etapas da vida,
Ai vem a separação,
cessa a eternidade prometida.
Mas o amor não se acaba de jeito algum,
Na inocência do flerte, começa de um e segue nos dois,
Que do tempo faz os dois ser um,
Mas ao um retorna lá ao longe, no depois.
E se o amor foi mesmo intenso e verdadeiro,
O um que fica, não suporta a solidão de sozinho ficar,
E a vida se encarrega de juntar o companheiro,
Ao lugar onde o outro há de esperar.
E nessa estrada a natureza segue o destino,
Folhada intensamente na juventude,
E aquele amor de menina e menino,
Desfolha a árvore que os acompanha ao ataúde.
E assim é o amor nas suas etapas e lidas,
E assim eu quero para mim e para ela uma relação protegida,
Basilissa e eu devemos seguir este amor sem mais partida,
Para juntos estarmos lá distante, do outro lado da vida.