BASILISSA
(Sócrates Di Lima)
O seu retrato pintado em palavras.
Palavras que te decifram,
palavras que te fez mulher,
mansa,
feróz,
apaixonante,
apaixonada,
lirica,
ludica,
fogo,
gelo,
alma pura,
sonhos selvagens,
atitudes plenas.
Uma mulher perfeita,
refeita,
e cheia de objetivos,
sonhos, sanos e insanos.
Basiissa é a mulher que eu amo,
que tive, tenho e sempre vou querer ter.
Há na imensidão de um olhar de azul sereno,
Voraz e ameno,
Dono da sensatez,
Propósitos,
Encantos,
Luzes que atingem minha alma e seus cantos.
Há no sorriso dela o meu espaço,
O meu desejo,
Ensejo de bem querer,
Hä nas mãos dela que com minha face toco,
O veludo da pétala de uma flor,
E nas lágrimas que distante desfolha,
A saudade em clamor,
O brilho espelhado de uma gota de orvalho.
Quero todo dia beber da fonte dela,
Lambuzar no mel da sua boca,
Me perder no terremoto do seu corpo,
Tragar o seu sulco,
No cálice do prazer dos beijos meus.
Meu tempo gira nos seus olhos,
Marcando as horas do nosso longe,
Mas segue no mar dos meus desejos,
A flor branca que espera,
A gota de orvalho,
Que se derrama na luz da a sua espera.
Busco-a nas entranhas da minha imaginação,
Conheço-a profundamente,
Ela tem a chave do meu coração,
Abre e fecha a minha vida,
Mesmo na distância,
Porque ao longe sinto seu calor,
Sinto seu toque sem ter a sua mão.
E o meu desejo é ter todo dia o tom da sua voz,
Sussurrando nos meus ouvidos,
Palavras tantas que ainda não ouvi,
E assim me entrego no meu Eu,
No enlace do seu "Eu".
Basilissa