Eu imagino.
Ouvindo versos alheios
Um papel branco deita-se à frente
O que penso? Em ti rente
Às minhas dores, saudades, devaneios
Livro-me somente dos tais aperreios
Unindo letras, a te criar poemas
Por não mais sermos, sou vazio em temas
Não obstante, o beijo derradeiro
Aliado a minha caneta tinteiro
Escreve linhas do que teu não tive
E se o poeta finge o que não vive
Finjo-te vida, finjo-me inteiro