CONFISSÃO
CONFISSÃO
Paulo Gondim
14/04/2012
Eu sei quanto mal te fiz
Da mesma forma, quanto te fiz infeliz
Sei também, confesso, não merecias
Mas fiz. Fato consumado
Não posso ser perdoado
Magoei quem tanto me amou
Mesmo de longe, mas me amou
Verdadeiramente, quem sempre me deu valor
Quem sempre me deu colo
Nunca negou seu calor
Mas na minha estupidez, dissimulei
Não tive a sensibilidade, fui rude
E, mais uma vez, destilei minha insensatez
Fiz sofrer a quem muito me amparou
E o que sou? O que restou?
Somente a mágoa, pela indelicadeza
A indiferença justa, pela certeza
Da decepção da amizade rompida
Pela descrença do desamor da pessoa querida
E que faço eu diante dessa confissão
A não ser pedir perdão?