Minha Canção do Exílio
Nos traços que eu hoje vejo
Qual tempo podia tocar
Ainda por tais fraquejo –
Outrora podia tocar!
Na voz que me soa leve
Ainda podia me acordar
Levar logo ao que me carregue
Sem fome, nem sede, nem ar.
Cabelos – parece não crescem –
Onde haviam de me descansar
Do mundo que nos aborrece
E nos tira um brilho do olhar.
Nas mãos quais me sinto seguro
Como se a mim bem guardar
Um beijo, um aperto no escuro
E o peito, vem iluminar.