No tempo da ampulheta

Quando te vi mergulhei em seu olhar...

Fiquei sem chão...

Só conseguia sentir o meu coração,

Excitante, desritmado!

Não acreditei quando te vi ali em minha frente,

Tão meu... Como te desejei...!

Teu cheiro vinha acariciado pelo vento,

Que timidamente chegava a mim.

E teu calor chegava-me como labaredas...

Labaredas sopradas pela brisa quente do amor.

Os milésimos do tempo, do espaço que nos separava...

Transformou-se em nada...

Nossos corpos eram dois! Sendo um!

Duas almas abrasadas em busca do acorde...

Perdido no tempo da ampulheta...!

Edna Maria Pessoa

Natal-RN, domingo, 15 de abril de 2012, 15h31min