Iracema
Filha da floresta hostil,
de repente então surgiu
manchando de sangue meu rosto...
Ante minha reação pacífica;
arrependida então fica
pelo gesto agressor imposto..
A bela e jovem nativa
então o meu coração cativa...
Não tem o brilho do azul do céu
o brilho do seu olhar,infindo;
desculpas pediu abrindo um sorriso lindo
nos seus doces lábios de mel...
-Eu me rendo,ó linda virgem...
Ao contemplar-te quase morri de vertigem
vendo a mais linda da floresta,filha...
Tupã,o deus grande em zelos,
deu-te os mais longos e negros cabelos;
teu hálito tem mais perfume que a baunilha...
-Se é da vontade de Tupã;é estranho
ter-te posto em meu caminho,ó estranho,
pois para o amor eu não tenho um amanhã...
Amo-te e isto se torna um grande dilema;
toma,bebe do mel de Iracema;
que nos perdoe Tupã...
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Tupã,deus grande,no mais alto do firmamento
rendeu-se a esse momento
e a nenhum dos dois então fez réu...
Filhos desse amor impossível,mas guerreiro,
contai para sempre e para o mundo inteiro
a lenda desse amor impossível,mas fiel:
se era da vontade de Tupã;é estranho;
mas permitiu ao estranho
o doce sabor,da virgem dos lábios de mel...
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