O céu…
Está cheio de coisas
Objectos
Seres
Que continuamente coisas
Costumam na terra despejar
Umas são bombas
Outras são desejos
Sendo que um deles
É o meu
E quando ele te toca
Tu sabes as formas concretas do meu amar…
E esse espaço infinito
Está a transbordar de afectos
De quem olha para o céu
De noite ou de dia
E sente
Sem o saber explicar
Que apesar de não possuir uma língua especifica
Tem uma linguagem
Que partilhamos
Que comungamos
Sem ninguém saber
Mistura de relíquia
Com tesouro intemporal
Que guardamos sem dizer nada a ninguém
Pois o nosso silêncio
É a garantia que tal ficará intacto
Tendo que por não se perder
Isso ser um algo secreto…
E assim
Esse espaço é de ternura
Onde guardo os beijos
E demais ternuras
Que te dei
Que te dou
Que te darei
Para que elas não se percam
Na memória da tua pele
Da tua mente
Para que sejam eternas
Que sejam eternamente actuais
Para o que vivemos
Seja não passado
Seja sempre presente
Porque te amo
Sempre te amarei
Mesmo quando parece que estou ausente…