Deleite de te amar

Bem preciso e sem demora!

Meu corpo urge calado!...

Esfomeado perde a razão,

com um enamorado beijo teu!...

Nos cordéis dos seus lábios

incendidos, versei discreto!...

Silencioso, encoberto!...

Confortado por carícias afins!...

Nesse reservado esplendor

influído, teci carinhos em versos!...

Acalentados por uma loucura

abrangente! — Ah,teus cabelos!...

A mais pura e veemente

formosura!...Os fios da urdidura!...

Jamais esquecerei a contextura,

dessa beleza tão pura que me cerca!...

Em ti faço proezas, me aventuro

em teu colo mudo, silente!...

À espreita de um breve e

refeito domínio!

Beijo-te os seios, afortunados, ditosos,

benditos, que apontam uma

aurora celeste!

— Oh, abençoado seja o

meu Cristo!...Pois sem ele

eu não teria esse deleite

de te amar!...

Abençoada sejas tu!...

Pelo imensurável e íntimo prazer

que me deste até aqui!...

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 15/04/2012
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T3613265
Classificação de conteúdo: seguro