Nossas lenbranças
Rasgo o véu da noite,
Com as mãos doridas de amor
Absorvo ainda, impávido,
Os clarões dos trovões, na dor.
Chorei na mansidão da alma
Enquanto garimpavam os restos,
As migalhas de sol na cama
Fiz-me escravo dos teus olhares,
Dos tremores, dos espelhos.
Da boca faminta, dos ares.
La fora, o branco árido do tempo,
Comendo alguns restos de nossas lembranças.