JARDINS SUSPENSOS
E, assim, o sol fizera brotar os raios de teu sorriso,
E, num brilhar de olhos, eram pares a se contemplarem
Visionários seres em busca de um místico paraíso
E se fizeram entre tuas estrelas d’almas a se dedicarem.
Seduzindo almas e astros cadentes, doavam ao céu
Como enamorados daquela esfera que se fizera no olhar
E girava teus corações feitos planetas em lastro véu
Num infinito de amor entre mãos e bocas a se completar.
Despiam-se, ingênuos, de tuas vestes em alma e sol
E brindavam seus corpos em auroras de tanta adoração,
Derramavam tuas cores nas frestas daquele arrebol
E se juntavam ao alvorecer em mansa névoa em afeição.
E se fizeram donos dos mundos nas tuas quimeras
Ao mesmo tempo, em que se sentiam no pulsar da vida
Enquanto tuas almas se exalavam pelas primaveras
E se viam rindo por se descobrirem na alegria incontida.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 13 de abril de 2012.