Sobre o insensato egoísmo no amor

E ele lia,

tanto dos livros muito embora só os que mesmo escrevia.

Também sorria,

o fácil riso da piada que ele mesmo contaria.

Mas relaxava,

deitado em si, envolto ao próprio braço que o abraçava.

Só se sentia,

não percebendo ser em si a sua única companhia.

Sempre sonhava,

que é assim e que enfim o aceitasse quem amava.

Quem o amou,

tanto na porta ali bateu, gritando: Abre-te, que sou eu!

Mas ele nunca acordava.

Sampainho
Enviado por Sampainho em 13/04/2012
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