Além Fronteiras

Cultuei com esterco teu jazigo

Para desvendar a essência do teu pensamento,

É mister que não pereça meu sentimento,

Pois até na saudade faço amor contigo!

As flores murchas que enfeitavam teu destino

Eu as guardei secas na solidão do meu regaço,

Deitei sobre elas lágrimas solitárias de março

E as vi cantar o amor viçosas junto comigo!

O tempo que me havia desafiado a amar-te

Perdeu-se em minha eternidade e agora faz parte

De um embrião que cultiva sementes de amor...

Teço em minha vanguarda fúnebres raízes

Que são a água vida dos dias mais felizes

E já não há espaço para cultuar-se no tempo a dor!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 12/04/2012
Código do texto: T3609079
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.