Além Fronteiras
Cultuei com esterco teu jazigo
Para desvendar a essência do teu pensamento,
É mister que não pereça meu sentimento,
Pois até na saudade faço amor contigo!
As flores murchas que enfeitavam teu destino
Eu as guardei secas na solidão do meu regaço,
Deitei sobre elas lágrimas solitárias de março
E as vi cantar o amor viçosas junto comigo!
O tempo que me havia desafiado a amar-te
Perdeu-se em minha eternidade e agora faz parte
De um embrião que cultiva sementes de amor...
Teço em minha vanguarda fúnebres raízes
Que são a água vida dos dias mais felizes
E já não há espaço para cultuar-se no tempo a dor!