SONETO DO CAMALEÃO FELIZ
Regado a uma dose dupla
Meu último copo se esvai
Mas sua lembrança não sai
Da minha mente esdrúxula
Rememória sua, do seu corpo
Que vontade é essa que não passa?
Luto sempre, mas não basta
As vezes penso que sou louco
Cabeça de adulto, coração de menino
O coração que me trai e se contradiz
E a cabeça que inverte o destino
Tento ser forte, penso que sou capaz
Porque sou um camaleão feliz
Que se adapta em busca de paz