Duas Mulheres e Um Desejo
DUAS MULHERES E UM DESEJO
Marcondes Filho
Que haveria em mim de favorável
Para ser bendito
E em pródigo legado
Ser abençoado?
Primeiro minha filha, meu único caminho
Depois de meus descaminhos
Amável mulher, deslumbrante como uma musa
Até a pouco única dona de meus carinhos.
“Mais do que viver é doce saber que aprendi a amar!”
Ainda agora, dos idos sonhos de minha adolescência
Que hoje povoam a minha memória
Imagino uma doce inspiração emocional
“Sempre posso sonhar... Imaginar...”
Ei-la...
Mulher moça, uma flor primaveril
De lindo sorriso, meigo,
Veio-me afável.
Terno com o de Maria, a de Jesus,
A todos contagia
Desperta afeto, conquista!
Dela sou mais; amigo carinho,
Fácil confidente... Valete por vocação!
Se a conto, sou “O Estranho”,
Que chega, anuncia-se,
Que abre páginas virgens
Deixando-a entrar como queria.
Serena, uma doce paz celestial de seu jeito
Principia em meu destino
Sonhando, sua voz a pouco ouvi,
De meu “sonho” veio-lhe a graça:
Um encanto que nunca antes percebera
Sua alma de imagem livre
A enobrece.
Doce como mel
cristaliza-se, esplendorosa,
Irradia-se em encantada euforia.
E minha filha, minha donzela?
Que jovem amor d’alma lhe caberia?
Não respondam!
Eu o imagino...
Desejaria de coração
Se do tempo fosse eu o senhor,
À era feudal as levaria, e eu,
Dono de alma nobre, consorte
Apaixonado por minha amada... E,
minha donzela que quero como filha
para garboso cavalheiro a concederia.
Ah... Nobre senhor da Normandia! Ele,
Em seu Corcel negro
De resplandecente corpo;
armado; doirado,
Em noite de poesia
Em seus braços a tomaria,
Atiçaria como cavaleiro que seria
O fogoso Corcel que em veloz tropel
Célere a conduziria a seu feudo
Deixando na história que viria a meus sonhos
Toadas de um amor permitido.
Ah... como me sinto bem
Em sonhar destinos.
Fácil sonhador, romântico por natureza
Imaginador por vocação, e ainda mais;
“Tendo” o amor de uma mulher paixão
e mais ainda
fiel parente de linda moça
amável como sempre quis em meu destino
Duas mulheres, dois sonhos meus!
Ah... se do tempo senhor eu fosse
Felizes elas seriam para sempre e eu,
Sereno amante, pai...amigo,
Em plácido repouso adormeceria.
Elevaria-me ao céu feliz
Por as ter feito a revelia tão queridas
Que jamais notariam que
Meus desejos vingaram em suas vidas.
Ah... Eu poderia partir em paz
Comigo mesmo
E com a própria vida!
02 de Janeiro de 2007
Nem sempre conseguimos em nossos destinos o amor verdadeiro. Um dia quando ele aparece encontram a pessoa desapercebida entregue a imaginações emocionais inconcebíveis e o deixam passar por mero descaso. Mas para estas pessoas descuidadas um dia virá à tristeza, a solidão e tristemente lembrarão de alguém que passou por suas vidas sem cobrar nada e o deixaram ir embora por desprezo ou descaso...Então perguntarão:- “Onde estará aquele ser humano, será vivo... Morto? Onde estará aquele Ser que desprezei?’’ - Ah... Eles nunca saberão! Mas nós saberemos que um dia alguém passou por nós, colheu em nossa fonte um sorriso e ganhou os céus sem esquecer de dizer que haverá sempre em cada sorriso um amigo (ª) ou um (ª) amante não importando as tendências da alma, mas com presença constante em nossas vidas e que sempre dependerá de nós descobrirmos estas pessoas puras e inimagináveis a quase todas pessoas e digo... “Se as imaginamos é porque elas existem de fato!”.
Marcondes Filho