Do Amor
Amar entorpece e eu não sei dosar
O ser humano tece o próprio azar
Assim eu me sinto, é assim que eu ando
Preocupo com o fútil, o onde, o quando
Sentado, andando, correndo, suando
É difícil equilibrar o porque e o portanto
O efeito que causa é tão cheio de espanto
É mágica trágica, de drama e encanto
Eu pondero e respiro, espero e inspiro
É terno e eterno, é céu e inferno
Instável e inflável, amável e afável
É bolha que explode, paixão que implode
Ou se é o sorriso ou se é o palhaço
Histórias de amor beiram o fracasso
Mas chega de papo e de desabafo
Amar é seguir o trilho incerto do acaso.