O longo braço do amor

Tu és de que menina derretida?

De tinta?

De cola?

De plasma erigida?

...Se por onde ando eu vejo teu rosto!

Eu sinto teu cheiro!

Mesmo em fleches, ligeiros, matreiros...

Flagras meu pensar

Sei que não és felina, territorial,

Não marcas os lugares

Assim... Proposital...

...Mas sinto tuas mãos nos recantos da casa

No jeito que aja outra qualquer mulher

Nas paredes, no mar, nas árvores,

nas pedras, nos livros, nos versos que tento escrever

Esse meu sentir não é solidão

É o sentir da razão que meu coração tem

É certeza que cedo ou mais tarde você pensa e vem

E me encontra esperando, sondando, reiterando a sua presença,

E a sua sentença é prender-se a mim!