Escrivaninha

Gostaria de pegar uma camisola antiga,

De me vestir feito um anjo que cai do céu

De estar sentada em uma cadeira branca antiga,

De uns cem anos

Podendo escrever o que eu penso

Deixando de lado as prepotências

Amando cada gota que cai do céu

Desejando ser tão fiel quanto uma mãe

Querendo ser assim pra sempre

Ter um lugar só diferente

Pra viver sem ter medo de crescer

Aproveitando pra mais me ver

A grama hoje está macia

Feito um travesseiro de plumas

O dia hoje está brilhante

Feito um sol sem nuvens

Desperto pro começo de alegria

Desvio os maus presságios dos outros

Aprendo que se deve estar com os olhos atentos,

E os ouvidos sempre alerta

Por que ainda pode me desestabilizar

Pros horrores de um luar sem noite

Ao menos a vida segue seu curso legítimo

De onde não se pode parar.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 07/04/2012
Código do texto: T3599985
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