CACTOS DA ALMA

CACTOS DA ALMA

Os cactos da alma,

Espinham, provocam dor,

Mas o clamor ao amor

Que espia, também refugia.

O sangue corre nas artérias

Como correm os rios,

Recebem córregos de veias

E cheias pulsam vasos do coração.

Ele sem ilusão, mas insistente,

Veste uma grande paixão

Sai do medíocre lamento

Ao mais alto brado da emoção.

Os cactos que espinhavam

Não acarretam mais a dor

O sangue circula normal

Para navegar o amor.

Chegou manso e finalmente

Dissolvido em carinho,

Sai do pergaminho guardado

Para a vida real de sentimentos.

Zastra
Enviado por Zastra em 06/04/2012
Reeditado em 06/04/2012
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