Circulo morto
Éramos círculo morto
Velas trancadas no peito
Corpos gêmeos em cortejo
demarcando o circo do todo
fecharam-se às cortinas
Grafadas de intensa busca.
Da solidão túnel da boca
afundada em fumaça garganta
Vinham acordes de terra umedecida
num chão de dor arterial
dos anos e anos da vida entalhada a frio.
Éramos nós quando tudo era ausência,
e no centro da essência
destilou o aroma presente,
Mas com um passo a frente,
Estávamos a dois
Perdidos nos descaminhos
Cláudia Gonçalves e Marko Andrade.