O fim de um poeta
Apesar de ser verão
O tempo esta frio e sombrio,
A chuva embarçam meus olhos,
Molham meu rosto, as nuvens
Negras encobrem as cores
Estou cansada de viver neste inverno,
Que rouba meus verões
Do outono que mata a primavera,
Mostrando-me as folhas secas a
rolarem no caminho,
O frio cortante me faz sentir como
Mil facas adentrando meu corpo
Lábios selados, calados, versos mudos,
Pagina nuas, vida vazia, um poeta morto
Mas antes que chegue o fim,
Gostaria deus que entres todas
Essas folhas nuas, ter apenas uma
E por nela, o desejo, minha inspiração
A alma lírica, a ternura do amor, o desejo,
Um rabisco inacabado que seja da
esperança de uma alma...
Um rascunho talvez de vestígios das
lembranças de quem um dia fui...
Um único traço, “desculpas”
por ter deixado a vida me engolir
e não ser o que um dia desejou,
desculpa se a vida lhe pregou uma peça
fazendo seu coração encher de alegria
esperança, desamor, ilusão,
desculpe ser a pessoa errada,
desculpa não ser eu a outra metade...