POEMA DOS OLHOS E BROTOS
I O meu poema é broto,
não é peneira,
o que a fada diz
o escrevo com o giz.
II O verso é o reverso
daquilo que quero dizer,
procuro na estrofe
a lagrima sorrindo de prazer.
III A minha poesia é pedra
rustica como o sino,
vou quebrando vidraças
com meu grito.
IV A minha poesia
é meu arroz com feijão,
algumas vezes como salmão
outras só solidão.
NADA
Eu não sei de nada
do nada saboreio,
enquanto navegar
em seu navio serei rei.
OLHOS MELINDROSOS
Olho o muro,
vejo seus olhos,
fico em cima do muro,
O muro é alto
e seus olhos tão baixos...