AMOR TRANSLÚCIDO
Em teu mundo quero ser teu infante factótum
Florir os desertos dessas lacunas a nos separar
Sendo veneno e antídoto a palmilhar tuas trilhas
Perdendo-me na influência de tua magna fluência
Essa misteriosa e enigmática mulher em ti menina
No fascínio de tua transcendente e lírica quietude
Perco-me no labirinto tridimensional desse ser feminino
Ante a linearidade dessa virginal naturalidade sutil
Galgo a monumentalidade de o teu complexo agir
Prospectando teu solo na busca teus mananciais
Para matar a sede de ti em tuas fontes de prazer
Na cenita de nosso teatro translúcido e inquietante
Feito pelo caleidoscópio de nossa fértil imaginação
Sinto o supra-sumo de toda a tua felina percepção
Esse eldorado que busco constante e sofregamente
Não sendo apócrifo dessa insana arena de ilusos
Toco o real de tua essência com minha concupiscência
Fazendo de tuas vestes meu mais divino alvorecer
Pelo estupor de tuas qualidades em si mesmas infindas
És relíquia de tudo o que abrange meus sentimentos
E rara como és desejar-te-ei até o fim de minha existência
Pois nada que esteja fora de teu sólido preambular
Onde descortino as páginas de minha soberana felicidade
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