Aos amigos, poetas do Recanto, desejo-lhes uma Páscoa plena de amor, de reflexão e de luz. 
 
Jesus, o Homem
 
 
 
Subi o monte na esperança de alcançar
As bênçãos a mim, a ti, vindas do Pai,
Recolhi-me em prece, senti o inquietar.
No peito um’ amargura que não se esvai.
 
Orei pedindo perdão, perdão às dúvidas,
Às aflições que não deveria sentir
Já que pus a fé adiante a minha vida,
E,  sentimentos vis devo-me dessentir.
 
Como posso da carne estar liberto?
Humano tornaste mi'a alma transcendente
E, do medo, dor, sentimentos renitentes,
Fincam-se à carne em inviável excerto.
 
Oro pedindo perdão, perdão do meio crer,
Perdão ao homem que não quer morrer...
Que na lucidez desta questionável vida
Vive a embriaguez incerta da ultravida.
 
Oro a Ti, Pai, oro pela abundância da fé...
Da fé que prego remover montanhas...
Oro Pai, oro por forças, forças tamanhas,
Forças da natureza aspiradas no narguilé.
 
Oro Pai, pelo derradeiro ato de caminhar,
Pelas horas faltantes da cruz a carregar,
Pela necessidade do saber perdoar-se,
Pelo cerne e o perene afã de superar-se.
 
Oro Pai, pela luz, a Luz da Eternidade!
Oro pela paz, o amor e sua diafaneidade.
Oro pela imensidão que nos faz morada
Do âmago crente na vida transmutada.
 
Oro Pai, pois no conforto da oração,
Sinto-me refeito, com amor no coração.
E a paz que no silêncio desta vida se achega,
Traz-me Seu abraço que a mim se aconchega.
 
Obrigado, Pai!
Até breve.




 

Em 03/04/2012
 
 
 
 
Sonya Azevedo
Enviado por Sonya Azevedo em 04/04/2012
Reeditado em 15/08/2020
Código do texto: T3593643
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