Ao sair...
Se não der para fechar a porta
Apenas puxe-a um pouco
Mesmo que fique assim entreaberta
Mas não bata a porta
Como quem queira transferir a ela sua raiva
Ao sair...
Quando tiver atravessado o limite dessa porta
Por favor, não olhe pra trás!
Nem pense em voltar.
Leve suas tralhas, suas lembranças
Seu cheiro, seu sabor...
E apenas deixe a chave embaixo do tapete
Ao sair...
Mas não demore muito a ir
Não queira prorrogar sua ida
Não se tarde em partir...
Antes que eu, enlouquecida
Ao vê-lo sair...
Lhe peça pra ficar...
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 03/04/2012